A ordem globalitária canta hoje as regras do jogo
em que políticas autoritárias, totalitárias,
fragmentárias comandam os passos do globo:
a cultura dos povos e as definições principais
das produções e políticas de aberturas comerciais
que favorecem grandes capitais
e também as privatizações e precarizações
do trabalho, que se espalham por todo lado,
em todas escalas globais.
A riqueza, crescente e concentrada,
se alimenta da pobreza (material, espiritual)
cada vez mais espraiada.
Os pobres reinventam a sobrevivência como podem,
aderindo à sociedade do consumo
(que consome o planeta, os homens, seus rumos...).
Enquanto isso, as cidades se sacodem,
convivências se implodem,
populações buscam ocupações,
lutam por humanizados espaços em quaisquer lugares,
geralmente seguindo ou refutando os
passos e vãos traçados pelos voláteis capitais
que buscam os lucros onde derem mais.
De qualquer modo, experimenta-se o caminhar
num fio de navalha em tempos difíceis
de muitas lutas e enguiços que se lançam,
se embalam à imagem e semelhança
das malhas tecidas
na (des)ordem globalitária...
(Poema extraído do livro "Geografia em
tempos, espaços, pensamentos...)
BLEZAS DO SÃO FRACISCO
Há 15 anos
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